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sábado, 23 de julho de 2011

Um poeta e Deus.


Elegia II
                        (Para Zé Tiriva, in memoriam)

As lembranças maltratam, fazem doer o coração.
Na angustia, o que consola é a ressurreição.
Parece que assisto a um filme da infância,
A historia de uma vida, querida Cordislândia.

Viveu a simplicidade de Cristo, transpôs rios,
Nas duras provas da vida suplantou desafios.
Confidenciamos os segredos do coração,
Nos olhos, uma lágrima, o medo da solidão.

Temia a Deus, inércia e descontentamento,
Perseverava embora o sofrer, o tormento.
Ó Senhor Jesus!Quisera registrar em versos
Essa alma vivente, de amor e reversos.

A poesia aflora minha sensibilidade,
Essa linguagem toca somente minha emoção.
Invoco o falar divino que é verdade,
                                               Salvação.

Adotava por não fazer míopes julgamentos,
Amava a sabedoria, o discernimento,
Refreava a língua, não apontava defeito,
Incompreendido; pois não há líder perfeito.

Aconselhando-me certa vez, disse-me:
“Não temas as aflições terríveis,
Fugir?Como disse um cantor cristão: É tolice.
Ele cuida de nós é o Deus dos impossíveis.”

Nas experiências da vida, chame ao senhor,
Independente das circunstancias, o louvor.
Permaneça, surpreenda o previsto,
Levante a cabeça, confie em Deus, o Cristo.

Foi assim, tão de repente, qual sombra que se vai,
Encontro na nova Jerusalém, Saudoso pai.
Na margem do Rio da Vida, no amor que reluz,
Lá estaremos juntos: Você, eu e Jesus.

Choro e lamento não mudam a realidade,
Muito menos removem a presente dor.
A única esperança que salva na verdade,
Vem da Palavra, do nome, de alegrar no senhor.

Helder Giovanini de Carvalho. (HGC)

(Obra esta dedicada a seu pai, Que fora recolhido por Deus).

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